segunda-feira, 21 de novembro de 2016

2016 A luta pela consciencia negra é cada vez mais necessária

Os acontecimentos deste ano de 2016 nos mostram que cada vez mais a luta em defeza da dignidade do povo negro é extremamente necessária. Aqui no Vale do Taquari, não tivemos na Semana Nacional da Consciência Negra (14 a 20 de novembro), manifestações ou encontros referntes a organização negra. Nossa capital do estado do RS suspendeu a Marcha de Zumbi por falta de recursos. O governo eleito dos EUA se mostra preconceituoso contra os imigrantes e certamente o será em relação aos países emergentes e/ou pobres. No Planalto Central o "presidente" do Brasil reune o conselho economico e social, aumentando a voz dos empresários e simultaneamente diminuiu a dos movimentos sociais. Assim lembro Chico Buarque de Holanda e sua música "Cálice" onde pedia "Pai, afasta de mim este cálice, afaste de mim este cálice" ..."esta palavra presa na garganta".
Então povo brasileiro brade contra o preconceito contra estes governos que trabalham para calar as nossas vozes.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Morreu Luiza Bairros Lutadora Guerreira Mulher Negra

Morreu Luiz Bairros.
A ex-ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial Luiza Helena de Bairros morreu em Porto Alegre nesta terça-feira (12) em virtude de um câncer de pulmão. Ela foi ministra do governo federal brasileiro entre os anos de 2011 e 2014, era mestre em ciências sociais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutora em sociologia pela Michigan State University. Ela se graduou em Administração Pública e de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e era especialista em Planejamento Regional pela Universidade Federal do Ceará. Gaúcha de Porto Alegre (RS), Luiza Bairros se mudou para a Bahia em agosto de 1979, após ter contato com o Movimento Negro Unificado durante a reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, meses antes, em Fortaleza.
Nota:
 Amigos(as) me somo aos que em meio a correria do dia a dia sofreu solitariamente a perda de Luiza Bairros, ex-ministra da Igualdade Racial. Como bem disse uma pessoa amiga, Vera Soares, não conseguimos nos mobilizar para prestar a justa homenagem. Mas que isto, perdemos a oportunidade de encontrar parceiros de sofrimento e luta contra o que nos oprime. Penso que no entanto, ainda é tempo de mobilizar alguma forma de homenagear a vida de luta de nossa companheira Luiza Bairros.
‪#‎ValeuLuizaBairrosLutadoraGuerreiraMulherNegrasomostodosgratos‬

segunda-feira, 21 de março de 2016

21 de Março Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial

https://www.facebook.com/AsNegasDoZiriguidum/photos/a.489460611074910.107689.480103062010665/1114948691859429/?type=3

No mês internacional da mulher e também de manifestações discriminatórias contra estudantes negras e negros na universidade é muito bom compartilhar a beleza do sorriso negro. Sorriam e compartilhem todos que querem uma sociedade mais justa, igualitária. A paz que Nelson Mandela pregava não seria hoje dar a cara tapa, mas dar exemplo de civilidade para aqueles que com acesso centenário aos bancos universitários não aprenderam ainda o que é ser verdadeiramente universitário, qual seja, reconhecer e aceitar a todos como iguais.


Mais uma vez vejo atos racistas acontecerem no mackenzie.
O que me deixa triste é saber que na terça fizemos uma palestra maravilhosa falando sobre racismo e hoje (dois dias depois) acontece isso.
Tento entender o que leva uma pessoa a sair vestida de verde e amarelo, dizendo lutar contra a corrupção, escrever na porta do banheiro isso. Prédio 45 (Administração, Conex e Contabilidade).
Não basta ter roubado anos de trabalho nossos, não basta ver uma baba na rua em pleno domingo enquanto seus "patrões" lutam pela democracia, não basta ver que 66% dos presidiários são negros?
Não faz nem 6 meses do último ato racista na Mackenzie 1870 e até agora nada de uma posição da reitoria.
Sou preta com orgulho! Levantar de manhã e saber que vocês não nos querem é o que me dá mais força. Não irão nos calar, não irão nos silenciar, não irão nos apagar.
Eu Michelli Oliveira, preta, moradora da periferia, filha e nora de domesticas, prounista, cotista existo nesta universidade e não irei para a senzala e sim para aonde eu bem entender. Escravidão nunca mais.
Existimos e resistimos!
Em minha opinião, continuaremos a ocupar estes e muitos outros espaços e o povo da senzala vai transformar as casas grandes em espaços de formação para nossa comunidade ficar cada vez mais preparada para defender seus direitos, especialmente conta estas mentalidades preconceituosas.

terça-feira, 8 de março de 2016

Dia Internacional da Mulher

Neste dia 8 de março de 2016, assim como muitos em anos anteriores observamos em programas televisivos, e outras redes de comunicação, mensagens de felicitações, pela passagem do Dia Internacional da Mulher. A maioria destas mensagens tem apelo festivo ou comerciais, totalmente desconectados dos fatores que motivaram a criação desta data alusiva as questões da mulher. Esta no entanto, não é a real motivação deste dia alusivo e, em pleno 2016 a luta das mulheres e da sociedade mundial ainda está longe de seu desejado fim. As mulheres continuam sendo agredidas física e moralmente por toda a sociedade internacional, é preciso conhecer, dialogar e bradar por todos os confins a necessidade de um novo modo de ser e agir no qual sejamos uma sociedade livre de todas as fronteiras discriminatórias, sejam elas de gênero, etnia, credo, orientação sexual, outros

Vejamos a História do 8 de março disponível no site:   http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm (acessado em 08/03/2016) 

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca,  ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU  (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data 

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Conquistas das Mulheres Brasileiras

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.


Marcos das Conquistas das Mulheres na História 

- 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação  para as mulheres.

- 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos. 

- 1859 - surge na Rússia,  na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.

- 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.

- 1865 - na Alemanha,  Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.

- 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas.

- 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres.

- 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina. 

- 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças.

- 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina.

- 1893 - a Nova Zelândia torna-se o primeiro país do mundo a conceder direito de voto às mulheres (sufrágio feminino). A conquista foi o resultado da luta de Kate Sheppard, líder do movimento pelo direito de voto das mulheres na Nova Zelândia.

- 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres.

- 1951 - a OIT (Organização Internacional do Trabalho) estabelece princípios gerais, visando a igualdade de remuneração (salários) entre homens e mulheres (para exercício de mesma função).

E como este Blog se direciona especialmente a comunidade negra, não poderia deixar de registrar a luta das mulheres negras e alguns de seus canais de comunicação: http://criola.org.br/, http://www.mariamulher.org.br/, http://negrasbamidele.blogspot.com.br/, http://www.acmun.org.br/ e tantas outras.
Axé! 

quinta-feira, 3 de março de 2016

Concurso de Pesquisa: Negras e Negros nas Ciências

http://www.fcc.org.br/fcc/negras-e-negros-nas-ciencias/apresentacaohttp://www.fcc.org.br/fcc/negras-e-negros-nas-ciencias/apresentacao

Concurso de Pesquisa: Negras e Negros nas Ciências tem por objetivo financiar a realização de diagnósticos/ estudos que permitam identificar a participação ou não de negras e negros no campo das Ciências Exatas, Biológicas, da Saúde e Tecnológicas. Espera-se que os resultados destes estudos possam contribuir para a identificação e compreensão dos possíveis mecanismos geradores das desigualdades raciais e étnicas na pós-graduação, bem como no dimensionamento da contribuição de negras e negros para o desenvolvimento do campo das Ciências Exatas, Biológicas, da Saúde e Tecnológicas.
O Concurso é uma iniciativa da Fundação Carlos Chagas com o apoio da Fundação Ford.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Escritores da Liberdade

Escritores da Liberdade é um filme que mostra a ação de uma jovem professora que se esforça para elevar a auto estima de jovens estudantes da periferia norteamericana vale muito a pena ver.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Década Internacional de Afrodescendentes

“Pessoas Afrodescendentes: reconhecimento, justiça e desenvolvimento”
Olá amigos(as) diz um dito popular que uma noticia só se torna "velha" depois de conhecida. Tomando este dito como referência é que publico esta informação mesmo após terem se passado dois anos de sua, digamos, primeira divulgação. 
Estamos na Década Internacional de Afrodescendentes decretada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em dezembro de 2013. 
Cabe a todos que de uma forma ou outra sentem-se comprometidas com a defesa do reconhecimento das pessoas negras, como pessoas portadoras de direitos, promoverem diálogos, reflexões e principalmente ações que potencializem o início e/ou a ampliação deste reconhecimento. É com este propósito que este blog foi criado, buscando facilitar o acesso a informação e a ferramentas que viabilizem a quem desejar, subsídios básicos para elaboração e planejamento de ações militantes, pedagógicas ou outras.
Lembro agora outro dito que penso ser relevante nesta caminhada: "Sonho que se sonha só, é um sonho só; Sonho que se sonha junto, é uma potencialidade". Vamos sonhar juntos e mais que sonhar, vamos realizar nossos sonhos na busca de uma sociedade melhor e mais justa para todos nós, com reconhecimento, justiça e desenvolvimento.


Assembleia Geral da ONU aprova Década Internacional de Afrodescendentes

30/12/2013 · Eventos UNIC Rio 
Intitulada “Pessoas Afrodescendentes: reconhecimento, justiça e desenvolvimento”, a Década será celebrada de 2015 a 2024 com o objetivo de reforçar o combate ao preconceito, à intolerância, à xenofobia e ao racismo.